domingo, 17 de abril de 2011

José Manuel Moran: vídeos são instrumentos de comunicação e de produção

José Manuel Moran: vídeos são instrumentos de comunicação e de produção

Entrevista publicada no Portal do Professor do MEC em 06.03.2009
Doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP)
José Manuel Moran é assessor da Faculdade Sumaré
Em São Paulo e professor aposentado da USP.

Nascido na Espanha e naturalizado brasileiro, Moran é um estudioso das formas de integração entre as tecnologias de comunicação, especialmente a internet, na educação presencial e a distância, dentro de uma visão humanista e inovadora. Tem vários artigos e livros publicados sobre comunicação pessoal, educação e tecnologias, onde procura integrar a visão humanista com a inovação tecnológica. Como ver televisão (1991) e Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica (2000) são algumas de suas obras.

Nas décadas de 70 e 80 participou do Projeto Leitura Crítica da Comunicação, da União Cristã Brasileira de Comunicação Social (UCBC), que orientava pais e professores não só a analisar os meios de comunicação, principalmente a televisão e o jornal, como também a integrá-los como tecnologias e mídias na educação.


Jornal do Professor - De que maneira os vídeos podem facilitar o processo de ensino e aprendizagem?

José Manuel Moran - As linguagens da TV e do vídeo respondem à sensibilidade dos jovens e da grande maioria da população adulta. São dinâmicas, dirigem-se antes à afetividade do que à razão. As crianças e os jovens lêem o que pode visualizar, precisam ver para compreender. Toda a sua fala é mais sensorial-visual do que racional e abstrata. Lêem nas diversas telas que utilizam: da TV, do DVD, do celular, do computador, dos games. Os vídeos facilitam a motivação, o interesse por assuntos novos. Os vídeos são dinâmicos, contam histórias, mostram e impactam. Facilitam o caminho para níveis de compreensão mais complexos, mais abstratos, com menos apoio sensorial como os textos filosóficos, os textos reflexivos.
Os vídeos também são um grande instrumento de comunicação e de produção. Os alunos podem criar facilmente vídeos a partir do celular, do computador, das câmaras digitais e divulgá-los imediatamente em blogs, páginas web, portais de vídeos como o YouTube.

Os computadores e celulares deixaram de ser apenas ferramentas de recepção. Hoje, são também de produção. Uma criança pode tirar fotos ou fazer vídeos com um celular e publicá-los na internet. Professores e alunos podem ter acesso a inúmeros vídeos prontos e assisti-los no momento ou salvá-los para exibição posterior. Ao mesmo tempo, todos podem editar, produzir e divulgar novos conteúdos a partir do computador ou do celular. Entramos numa nova era da mobilidade e da integração das tecnologias, como nunca antes foi possível.

JP - Como os vídeos podem ser utilizados em sala de aula?

JMM - Os vídeos podem ser utilizados em todas as etapas do processo de ensino e aprendizagem. Os principais usos são:

1. Para motivar, sensibilizar os alunos – É, do meu ponto de vista, o uso mais importante na escola. Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.

2. Para ilustrar, contar, mostrar, tornar próximos temas complicados – O vídeo pode ajudar a tornar mais próximo um assunto difícil, a ilustrar um tema abstrato, a visibilizar cenários de lugares, eventos, distantes do cotidiano. Hoje, é muito mais fácil do que antes encontrar e visualizar vídeos sobre qualquer assunto importante na internet, em portais como o YouTube, por exemplo.

3. Como vídeo-aulas – Alguns vídeos trazem assuntos já preparados para os alunos, já estão organizados como conteúdos didáticos. Utilizam técnicas interessantes de manter o interesse, como dramatizações, depoimentos, cenas de filmes, jogos, tempo para atividades. Podem ser adequados para que o professor não tenha que explicar determinados assuntos. O professor age a partir do vídeo, com questionamentos, problematização, discussão, elaboração de síntese, formas de aplicação no dia-a-dia. Esses vídeos podem ser disponibilizados no portal da escola e os alunos podem acessá-los fora da sala de aula também.

4. Vídeo como produção individual ou coletiva – As crianças adoram fazer vídeo e a escola precisa incentivar o máximo possível a produção de pesquisas em vídeo pelos alunos. A produção em vídeo tem uma dimensão moderna, lúdica. Moderna, como um meio contemporâneo, novo e que integra linguagens. Lúdica, pela miniaturização das câmaras, que permite brincar com a realidade, levá-las junto para qualquer lugar. Filmar é uma das experiências mais envolventes tanto para as crianças como para os adultos. Os alunos podem ser incentivados a produzir dentro de uma determinada matéria, ou dentro de um trabalho interdisciplinar. E também produzir programas informativos, feitos por eles mesmos e colocá-los em lugares visíveis dentro da escola e em horários onde muitas crianças possam assisti-los e também na página web da escola ou em blogs ou portais da internet.

5. O vídeo também é importante para documentação, registro de eventos, de aulas, de estudo do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. Isto facilita o trabalho do professor, dos alunos e da comunidade. Esse material pode ser divulgado, quando conveniente, na internet.

6. O vídeo também pode ser útil para avaliação, principalmente as que mostram situações complexas, estudos de caso, projetos, sozinho ou com textos relacionados.

JP - Que tipo de atividade deve ser evitada quando se está trabalhando com vídeos nas escolas? Que tipo de atividade é mais adequada?

JMM - Algumas formas inadequadas de utilização do vídeo:

Vídeo-tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema inesperado, como ausência do professor. Usar este expediente eventualmente pode ser útil, mas se for feito com frequência, desvaloriza o uso do vídeo e o associa - na cabeça do aluno - a não ter aula.

Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O aluno percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula. Pode concordar na hora, mas percebe o mau uso.

Vídeo-deslumbramento: O professor que acaba de descobrir a facilidades de baixar vídeos da Internet costuma empolgar-se e exibi-los em todas as aulas, esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes. O uso exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece as aulas.

Vídeo-perfeição: Existem professores que questionam todos os vídeos possíveis porque possuem erros de informação ou estéticos (qualidade). Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para uma análise mais aprofundada a partir da sua descoberta, problematizando-os.

Só exibição: não é satisfatório, didaticamente, exibir os vídeos sem discuti-los, sem integrá-lo com os assuntos das aulas, sem rever alguns momentos mais importantes.

Algumas atividades mais adequadas são: introduzir um assunto, complementar informações; provocar discussões, trabalhos de grupo para discussão, debates; levantamento de sugestões do grupo, estudo dirigido para verificação da compreensão e da habilidade de transferir conhecimentos recebidos para novas situações (projetos); alunos protagonistas, fazendo trabalhos em vídeo, apresentando-os para a classe e divulgando-os na página web da escola.

JP - Quais os benefícios que a produção de vídeos pode trazer para os alunos?

JMM – Maior interesse dos alunos (linguagem familiar); aulas mais atraentes, pois os vídeos estimulam a participação e as discussões; alunos desenvolvem mais a criatividade, sua comunicação audiovisual e a interação com outros colegas e outras escolas; melhor fixação dos assuntos principais pelos alunos (visão mais concreta sobre eles), já que os vídeos trazem a realidade para a sala de aula e para a aprendizagem significativa; complementação das discussões do material impresso.

Mas nem tudo são benefícios. Os professores, apesar de reconhecer muitas vantagens no uso do vídeo, utilizam-no realmente pouco. A maior parte só trabalha com o vídeo na sala de aula esporadicamente, não habitualmente. Há dificuldades materiais, e principalmente, dificuldades em ter o material adequado para o programa da matéria. A maior parte dos professores não conhece os vídeos que existem na sua área, quais são bons e, os poucos que eles conhecem, nem sempre estão disponíveis, por razões econômicas. Percebe-se, ainda, uma grande desinformação no uso do vídeo, não só tecnicamente, mas principalmente didaticamente.

JP - Quais dicas o senhor daria para professores que nunca trabalharam com produção de vídeos antes? O que deve ser observado mais atentamente pelos professores?

JMM - Que observem e aprendam com seus alunos. Os mais novos têm uma facilidade no manuseio de muitas telas (da TV, do celular, do computador, dos videojogos, das câmaras digitais). É importante aprender com eles e, ao mesmo tempo, fazer algum curso que inclua aspectos técnicos e pedagógicos. Um dos esquemas básicos de organização da produção de um vídeo um pouco mais complexo, costuma ter os seguintes passos:

1. Idéia: a idéia ou o tema principal que move a produção de um vídeo; Elaboração do roteiro: momento em que a idéia toma forma propriamente dita. Nesta etapa definem-se os personagens, os estilos de filmagem, e o que se pretende, de fato, passar para o público com a obra;

2. Plano de filmagem: nesta parte acontece a elaboração de uma planilha, onde são especificados todos os locais de filmagem, bem como suas datas, horários, diálogos, personagens, figurino, cenário, tempo de cada cena, etc.

3. Captura das imagens: filmagem propriamente dita;

4. Decupagem das imagens: nesta etapa, os alunos assistem ao material gravado, selecionando o que é útil para a finalização da obra;

5. Pré-edição: as imagens são transferidas para o computador e ordenadas em pastas e sub-pastas;

6. Edição: montagem das imagens no computador, aplicação de efeitos, inserção de trilha sonora, de legendas ou frases de texto etc;

7. Finalização: gravação em mídia DVD, disponibilização em um portal da escola ou em um portal de vídeos.

JP - É necessário ter uma ilha de edição de imagens? Quais os equipamentos necessários para produzir um vídeo simples?

JMM - Para começar não é necessário um equipamento sofisticado. Há programas de edição de imagens, alguns mais simples e baratos e outros mais sofisticados e caros. O mais simples vem com o Windows XP ou Vista: é o movie maker. Permite alterar o filme da forma que cada um quiser, com um clique na opção linha do tempo. Hoje, algumas câmaras digitais já permitem fazer edição de fotos ou vídeos nelas mesmas.

Tendo idéias e motivação facilmente se encontram as soluções técnicas mais adequadas para cada situação. O professor pode pedir aos alunos que encontrem as melhores soluções técnicas de edição.

Com as tecnologias digitais móveis, o avanço na conexão em redes, a WEB 2.0 com tantos recursos gratuitos colaborativos, há inúmeras soluções simples de acessar vídeos, de produzir vídeos, de editar vídeos e de publicar vídeos.



Como utilizar o Windows movie maker? òtima dica para professores e alunos criarem os seus vídeos



sábado, 9 de abril de 2011

A influência da Tv no cotidiano de crianças e adultos

Onde mora o perigo

 Socióloga denuncia marketing e alerta sobre consumismo infantil




A norte-americana Juliet B. Schor, professora de Sociologia na Faculdade de Boston e também formada em Economia, publicou “Nascidos para Comprar – Uma leitura essencial para orientarmos nossas crianças na era do consumismo”, com enfoque na questão da publicidade, do consumismo e seus efeitos sobre as crianças e os jovens. Com o selo da Editora Gente (São Paulo), a edição brasileira da obra, traduzida por Eloisa Helena de Souza Cabral, amplia sua pertinência com a apresentação de Claudio de Moura Castro, autor especialista em educação e colunista da revista “Veja”, e prefácio de Mara Luquet, autora e comentarista da rádio CBN (Central Brasileira de Notícias).

A obra de Juliet Schor realiza análise de como a propaganda e o marketing infantil da atualidade influenciam as crianças, utilizando estratégicas nem sempre transparentes para convencê-las de que os produtos são necessários à sua sobrevivência social. Ao chamar atenção para os efeitos negativos da publicidade sobre crianças e adolescentes, a autora aponta que a propaganda vende não só o produto, mas também a imagem que as crianças fazem de si mesmas e de como se sentem ao consumi-lo. O livro é de leitura sugestiva a quem se preocupe com a construção de uma sociedade que venha a ser fruto da saúde mental e emocional e do poder de consumo das crianças atuais.

“Nascidos para Comprar” (344 páginas, R$ 59,90) denuncia o prolongamento de um marketing competente e agressivo para a infância e a juventude norte-americana — vale para o mundo todo —, ao mesmo tempo em que disseca a lógica da propaganda, buscando conclusões a partir de duas pesquisas primárias: uma investigação qualitativa sobre anúncios e comerciais para crianças e uma avaliação do impacto da cultura do consumo nas crianças, com reflexos em sentimentos como depressão, auto-estima, ansiedade e qualidade da relação com os pais.

Como observa Claudio de Moura, na apresentação do livro, a tese de Juliet Schor tem argumentos persuasivos e a pesquisa para chegar a eles é bastante minuciosa. “Desde os primeiros anos de vida, os norte-americanos — e não só eles — são bombardeados com mensagens comerciais. No nível da marca ou do produto, é uma mensagem de venda, mas é também a glorificação do consumo em si, a identificação do ato de consumir — esse ou aquele produto — com a vida boa e desejável”. É aí que mora o perigo, aqui tomando de empréstimo uma expressão popular.

Artilharia pesada

“Vender para adultos sempre foi um desafio. Mas não apenas a mina está secando como a juventude passou a ter uma influência descomunal nas decisões de consumo dos adultos. Daí, era quase inevitável a tendência de apontar as artilharias para faixas mais jovens”, comenta Claudio de Moura, lembrando que na desigualdade brasileira há muitos que consomem quase nada enquanto nas classes mais abastadas já ocorre uma saturação do consumo. Repleto de revelações, “Nascidos para Comprar” conduz, inevitavelmente, à reflexão, visto que muitas das situações que descreve podem ser transpostas para o Brasil.

Em seu livro, a autora aborda um tema — o efeito dos comerciais de televisão nas crianças — que há muito preocupa aos pais, educadores e psicólogos. De acordo com a autora, há um “complô” da indústria de marketing a serviço das corporações americanas para ganhar, a qualquer custo, os corações e mentes dos pequenos consumidores do país, por meio da propaganda dirigida de forma maciça, veiculada pelos canais de televisão.

A socióloga afirma que o hábito de assistir à televisão durante muitas horas resultou em uma exposição sem precedentes dos comerciais, e as crianças são as que mostram mais afinidade com as marcas dos produtos, a ponto de ficarem prisioneiras delas. Ao mesmo tempo — acentua Juliet Schor —, aumentaram as evidências de angústia entre as crianças e cresceram as taxas de obesidade, os diagnósticos de distúrbios de déficit de atenção e daqueles relacionados à hiperatividade. “Um número recorde de crianças está ingerindo medicamentos para ajudá-las a encontrar autocontrole e foco. Irritação, provocação e atos violentos intencionais e gratuitos são comuns em escolas”, complementa a autora.

Outro ponto abordado por Juliet Schor é a “brinquedorização” praticada pela indústria da propaganda, tratando-se de mais uma estratégia para se atingir o público infantil, para tanto tomando itens de consumo habitual e transformando-os em brinquedos. É um fenômeno que se acelera e preocupa Juliet. “A 3M transformou o curativo Band-Aid em um brinquedo utilizável, um tipo de tatuagem para as crianças que são jovens demais para terem uma de verdade. O material escolar também associou sua estamparia a marcas e brinquedos. Roupas estão se tornando brinquedos e complexos vitamínicos apresentados como chicletes são exemplos de estratégias que nos levam a perguntar: O que virá a seguir?”

O que fazer?

Juliet Schor aponta as cinco coisas mais importantes que os pais podem fazer para proteger seus filhos da cultura do consumo. O passo mais importante e dramático, segundo ela — e bota dramático nisso! — é eliminar a televisão, pois isso removeria a fonte de exposição constante aos anúncios e mensagens insidiosas da cultura do consumo infantil. Também livraria os pais da perturbação incessante e do ciclo perpétuo de ambição, aquisição e desilusão.

Em segundo lugar, diz a socióloga, está a restrição ao uso da internet e do videogame, com o encorajamento do uso criativo do computador e a coibição de seu uso comercial. Deve-se manter em limites moderados — e tome mais drama! — o tempo em que a criança fica diante das telas.

Em terceiro lugar, é preciso fazer uso de alimentos preparados em casa e aproveitar os jantares em família, e não freqüentar pátios de alimentação “fast-food”.

Em quarto lugar, encontrar algumas atividades não-comerciais que se possa cultivar e desfrutar em família. E por último (quinto lugar), para não posarem de hipócritas, os pais devem dar o exemplo na cobrança e orientação ao consumismo dos filhos. Os pais devem praticar o que pregam, inclusive em relação ao vício da televisão.

Em outras palavras — acrescente-se —, requer-se mudança de velhos hábitos, a começar pelos pais, e muito diálogo para se obter um entendimento — ô coisa difícil! (não, não é fácil), tanto mais quanto maior a teimosia ou tirania dos filhos. Haja Super Nani! E a milenar paciência chinesa. Mas tudo, com jeito, vai — salvo as beligerâncias em contrário. Ou vai ou racha! Não. Não sejamos radicais. Tentemos evitar que velhos hábitos contrariados transformem em vendaval o “lar doce lar” — onde mel e fel se dosam conforme a bile e as idiossincrasias de cada um. Todavia, pois é, o amor. A força e a doçura do amor. No geral dos casos — do “conjugo vobis” à tirania infantil e do entojo adolescido e “aborrecente” —, mais vale a boa ingerência com tolerância do que as verbais truculências. Quem se habilita?

Juliet Schor denuncia a falta de envolvimento do governo americano no sentido de monitorar a publicidade, e propõe uma efetiva legislação para regular o marketing infantil. Acentua que o governo deve ser severo em relação ao marketing alimentício e intervir junto ao mercado, exigindo a revelação de toda forma de exposição tanto na publicidade infantil como na adulta. “Eu adoraria ver uma lei que obrigasse o marqueteiro a afixar seu nome nos anúncios que ele cria, inserindo uma responsabilidade social no processo”, diz a professora, acrescentando que se poderia eliminar toda a publicidade de alimento em programas dirigidos a crianças e adolescentes. “Os produtos ´diet´, então, não deveriam ser anunciados em nenhuma circunstância”, enfatiza.

fonte: http://www.revistabula.com/posts/livros/onde-mora-o-perigo

sábado, 2 de abril de 2011

Amigos

Equipe Amigos
Sâmila,Marineusa.Josicleuma,Geiciela

Professora os Slides não foram terça lhe mostrarei nas aulas.