Onde mora o perigo
Socióloga denuncia marketing e alerta sobre consumismo infantil
A obra de Juliet Schor realiza análise de como a propaganda e o marketing infantil da atualidade influenciam as crianças, utilizando estratégicas nem sempre transparentes para convencê-las de que os produtos são necessários à sua sobrevivência social. Ao chamar atenção para os efeitos negativos da publicidade sobre crianças e adolescentes, a autora aponta que a propaganda vende não só o produto, mas também a imagem que as crianças fazem de si mesmas e de como se sentem ao consumi-lo. O livro é de leitura sugestiva a quem se preocupe com a construção de uma sociedade que venha a ser fruto da saúde mental e emocional e do poder de consumo das crianças atuais.
“Nascidos para Comprar” (344 páginas, R$ 59,90) denuncia o prolongamento de um marketing competente e agressivo para a infância e a juventude norte-americana — vale para o mundo todo —, ao mesmo tempo em que disseca a lógica da propaganda, buscando conclusões a partir de duas pesquisas primárias: uma investigação qualitativa sobre anúncios e comerciais para crianças e uma avaliação do impacto da cultura do consumo nas crianças, com reflexos em sentimentos como depressão, auto-estima, ansiedade e qualidade da relação com os pais.
Como observa Claudio de Moura, na apresentação do livro, a tese de Juliet Schor tem argumentos persuasivos e a pesquisa para chegar a eles é bastante minuciosa. “Desde os primeiros anos de vida, os norte-americanos — e não só eles — são bombardeados com mensagens comerciais. No nível da marca ou do produto, é uma mensagem de venda, mas é também a glorificação do consumo em si, a identificação do ato de consumir — esse ou aquele produto — com a vida boa e desejável”. É aí que mora o perigo, aqui tomando de empréstimo uma expressão popular.
Artilharia pesada
“Vender para adultos sempre foi um desafio. Mas não apenas a mina está secando como a juventude passou a ter uma influência descomunal nas decisões de consumo dos adultos. Daí, era quase inevitável a tendência de apontar as artilharias para faixas mais jovens”, comenta Claudio de Moura, lembrando que na desigualdade brasileira há muitos que consomem quase nada enquanto nas classes mais abastadas já ocorre uma saturação do consumo. Repleto de revelações, “Nascidos para Comprar” conduz, inevitavelmente, à reflexão, visto que muitas das situações que descreve podem ser transpostas para o Brasil.
Em seu livro, a autora aborda um tema — o efeito dos comerciais de televisão nas crianças — que há muito preocupa aos pais, educadores e psicólogos. De acordo com a autora, há um “complô” da indústria de marketing a serviço das corporações americanas para ganhar, a qualquer custo, os corações e mentes dos pequenos consumidores do país, por meio da propaganda dirigida de forma maciça, veiculada pelos canais de televisão.
A socióloga afirma que o hábito de assistir à televisão durante muitas horas resultou em uma exposição sem precedentes dos comerciais, e as crianças são as que mostram mais afinidade com as marcas dos produtos, a ponto de ficarem prisioneiras delas. Ao mesmo tempo — acentua Juliet Schor —, aumentaram as evidências de angústia entre as crianças e cresceram as taxas de obesidade, os diagnósticos de distúrbios de déficit de atenção e daqueles relacionados à hiperatividade. “Um número recorde de crianças está ingerindo medicamentos para ajudá-las a encontrar autocontrole e foco. Irritação, provocação e atos violentos intencionais e gratuitos são comuns em escolas”, complementa a autora.
Outro ponto abordado por Juliet Schor é a “brinquedorização” praticada pela indústria da propaganda, tratando-se de mais uma estratégia para se atingir o público infantil, para tanto tomando itens de consumo habitual e transformando-os em brinquedos. É um fenômeno que se acelera e preocupa Juliet. “A 3M transformou o curativo Band-Aid em um brinquedo utilizável, um tipo de tatuagem para as crianças que são jovens demais para terem uma de verdade. O material escolar também associou sua estamparia a marcas e brinquedos. Roupas estão se tornando brinquedos e complexos vitamínicos apresentados como chicletes são exemplos de estratégias que nos levam a perguntar: O que virá a seguir?”
O que fazer?
Juliet Schor aponta as cinco coisas mais importantes que os pais podem fazer para proteger seus filhos da cultura do consumo. O passo mais importante e dramático, segundo ela — e bota dramático nisso! — é eliminar a televisão, pois isso removeria a fonte de exposição constante aos anúncios e mensagens insidiosas da cultura do consumo infantil. Também livraria os pais da perturbação incessante e do ciclo perpétuo de ambição, aquisição e desilusão.
Em segundo lugar, diz a socióloga, está a restrição ao uso da internet e do videogame, com o encorajamento do uso criativo do computador e a coibição de seu uso comercial. Deve-se manter em limites moderados — e tome mais drama! — o tempo em que a criança fica diante das telas.
Em terceiro lugar, é preciso fazer uso de alimentos preparados em casa e aproveitar os jantares em família, e não freqüentar pátios de alimentação “fast-food”.
Em quarto lugar, encontrar algumas atividades não-comerciais que se possa cultivar e desfrutar em família. E por último (quinto lugar), para não posarem de hipócritas, os pais devem dar o exemplo na cobrança e orientação ao consumismo dos filhos. Os pais devem praticar o que pregam, inclusive em relação ao vício da televisão.
Em outras palavras — acrescente-se —, requer-se mudança de velhos hábitos, a começar pelos pais, e muito diálogo para se obter um entendimento — ô coisa difícil! (não, não é fácil), tanto mais quanto maior a teimosia ou tirania dos filhos. Haja Super Nani! E a milenar paciência chinesa. Mas tudo, com jeito, vai — salvo as beligerâncias em contrário. Ou vai ou racha! Não. Não sejamos radicais. Tentemos evitar que velhos hábitos contrariados transformem em vendaval o “lar doce lar” — onde mel e fel se dosam conforme a bile e as idiossincrasias de cada um. Todavia, pois é, o amor. A força e a doçura do amor. No geral dos casos — do “conjugo vobis” à tirania infantil e do entojo adolescido e “aborrecente” —, mais vale a boa ingerência com tolerância do que as verbais truculências. Quem se habilita?
Juliet Schor denuncia a falta de envolvimento do governo americano no sentido de monitorar a publicidade, e propõe uma efetiva legislação para regular o marketing infantil. Acentua que o governo deve ser severo em relação ao marketing alimentício e intervir junto ao mercado, exigindo a revelação de toda forma de exposição tanto na publicidade infantil como na adulta. “Eu adoraria ver uma lei que obrigasse o marqueteiro a afixar seu nome nos anúncios que ele cria, inserindo uma responsabilidade social no processo”, diz a professora, acrescentando que se poderia eliminar toda a publicidade de alimento em programas dirigidos a crianças e adolescentes. “Os produtos ´diet´, então, não deveriam ser anunciados em nenhuma circunstância”, enfatiza.
fonte: http://www.revistabula.com/posts/livros/onde-mora-o-perigo
Realmente a televisão é uma arma poderosa para influenciar o consumismo de adultos e principalmente de crianças com as propagandas de itens infantis principalmente quando a propaganda é de produtos da Xuxa é um horror todas as crianças querem.
ResponderExcluirÉ verdade, a televisão está sendo uma violência visual para todos nos, principalmente para as crianças que não entende ainda, o tal do marketing. Quando apareçe um produto novo querem de todo geito.
ResponderExcluirMuito bom o texto.
ResponderExcluirCabe aos pais orientar suas crianças sobre o consumismo, eles devem servir de exemplo para os filhos, conscientizando-os que naõ podemos atender a tantas propagandas que surgem na televisão.
iiiiiiiii
ResponderExcluirEste texto chamou muito atenção é muito importante para todos nos e principalmente a informação e a forma de ver o mundo predominante no Brasil e provêm fundamentalmente da televisão.
ResponderExcluirVivemos uma época de grandes desafios e vale a pena pesquisar novos caminhos de integração tecnologica.
Ivoneide Pinheiro
De acordo com o texto acima, a tv influencia muito as crianças o que levam os pais a fazerem os gostos das crianças, visto que o marketing é a propaganda principal das grandes marcas.Cabe agora todos se concientizarem para num futuro próximo não se tornarem adultos consumistas de mais.
ResponderExcluirNos dias atuais , a televisão vem tomando um lugar bastante amplo na sociedade onde as pesoas se preocupam apenas em comprar ,não se importando com a necessidade mais sim com o prazer de ter , seus filhos acabam seguindo o mesmo ritimo sem pensar mais em nada simplismente querem aquilo que a televisão divulga somente por está na televisão com pouca importancia de sua utilidade , induzindo seus filhos a serem consumistas esem limites.... Izabella Lima
ResponderExcluirEsse texto mostra o quanto a TV influencia as crianças para o cosumismo, e alguns pais acabam satisfazendo os gostos dos filhos pelo fato de insistirem bastante, não percebendo que a cada dia os filhos estão crescendo influenciado pela televisão e sem opinião formada. Vale ressaltar para esses " pais" à refletirem um pouco mais sobre esse assunto e tentar concientizar que dizer " NAO" no momento certo no futuro pode ajudar muito.
ResponderExcluirMary
ResponderExcluirA tv está presente em quase todas as casas,de rico a pobre. Muitas vezes até fazendo o papel de mãe nas maioria das casas as mães não observão o que seu filho assiste, e o que acontece é que está crescendo uma sociedade influenciada pela midia.
o texto enfatiza sobre a realidade do mundo atual as propagandas ultilizam-se de meios cientificos atrativos para chamar a atenção de todos inclusive das crianças a linguagem é dinamica e todos entendem, o colorido das telas, tudo conspira ao consumiso.Estamos cada vez mais enfrentando uma comunidadde insaciavel , crianças apresentam mis obesidade por comer tantas besteiras,o rendimento escolar baixo pois se preocupam mais com o externo, aparencia, ''bem estar'', do que o interno o ser, o conhecer, os valores vaõ se perdendo e o tempo de estar com a familia em um parque em um bosque, fazenda, é gasto na frente da tv.
ResponderExcluiros pais devem concientizar -se que o carater dos seus filhos e a esperança de um munno melhor esta nas maos deles cabe a cada um se concientizar. Afinal a nova sociedade é composta pelos filhos que educamos hoje.
SINARA ARAÚJO DA SILVA.
O texto retrata a forte influência que a TV possui sobre as crianças, a todo o momento produtos são lançadas com o objetivo de despertar o consumo compulsivo das mesmas, pois as crianças exercem um grande poder de persuasão sobre os pais, os quais às vezes até pra compensar o tempo em que precisa se ausentar do âmbito familiar para trabalhar, aceita os pedidos de brinquedos e recursos que as crianças veem na televisão.
ResponderExcluirComo foi relatado no vídeo nem todos os pais conseguem dizer não pro seu filho, o pai foi em varias lojas, em vários lugares porque entendeu que a felicidade de sua filha seria ter um laptop da Xuxa não sabendo esse pai que estava incentivando sua filha ao consumismo, a acreditar nas armadilhas existentes na TV.
O texto nos alerta, o poder da TV em relação ao consumismo,comerciais que influencia as crianças a pedir aos pais tudo que ve na tv, muitas vezes roupas e brinquedos não tão bonitos mais como é da do seu personagem preferido o produto torna- se o mais belo de todos.Muita cautela em fazer as vontades dos filhos muitas vezes o "não" é melhor que "sim".
ResponderExcluirO texto trás uma importante discussão sobre que tipo de sociedade estamos construindo para a geração futura, nosssos filhos, nossas crianças. Serão cidadãos conscientes, críticos, pensantes e capazes? Ou uma geração de pessoas alienadas, hipinotizadas, movidas por estímulos externos como meras marionetes?
ResponderExcluirNão devemos continuar adultos passivos e principalmente as crianças como cães em frente a vitrine do frango assando, salivando e desejando tê-lo a qualquer custo o que a TV está mostrando... Diante do que nos é mostrado precisamos fazer uma análise se é o que realmente precisamos para o nosso desenvolvimento com qualidade de vida, pessoal, mental e social.
a analise feita pela autora Juliet Schor,nos mostra a influencia da tv no cotidiano das crianças,a tv sendo um dos maiores passa tempo das crianças permite o acesso a mundos destintos.É preciso conhecer a interferência que ocorre na vida das crianças por meio da tv, quando, como ela ocorre, se é no ambiente escolar, no plano emocional, no âmbito dos valores.
ResponderExcluira analise feita pela autora Juliet Schor,nos mostra a influencia da tv no cotidiano das crianças,a tv sendo um dos maiores passa tempo das crianças permite o acesso a mundos destintos.É preciso conhecer a interferência que ocorre na vida das crianças por meio da tv, quando, como ela ocorre, se é no ambiente escolar, no plano emocional, no âmbito dos valores.
ResponderExcluirInteressante a análise que Juliet Schor fez sobre a influência da Tv nos dias atuais. Realmente crianças tem manifestado um poder enorme sobre os pais na questão: consumo. São verdadeiros manipuladores e conseguem seus objetivos sem muitos esforços.As soluções que ela mostra são bem práticas a não ser pelo "tirar a TV e limitar internet, como se isso
ResponderExcluirfosse possível. Mas alguma coisa tem que ser feito e rápido, pois cada dia que passa mais consumistas estão se formando e alavancando esse mundo comercial. E nossas crianças sendo usadas para isso.
É isso aí meninas! É preciso educar o nosso olhar para a recepção das mensagens transmitidas pelos meios de comunicação. Assim, teremos capacidade de orientar crianças e adolescentes que estão sob a nossa responsabilidade para que eduquem também a sua forma de ver a tv e outras mídias. contudo, uma mediação adequada e fundamental nesse processo.
ResponderExcluirContinuem,comentando!
cada vez mais o consumismo faz parte do nosso dia-dia nos adultos nos deixamos levar pela midia e sem percebar fazemos o gosto dos nossos filhos incentivando-as.
ResponderExcluirO texto nos deixa claro o poder que a tv tem em transmitir suas mensagens e seduzir seus telespectadore.Assistir televisão já é um habito do povo brasileiro. Ela oferece informação, diversão, entretenimento e um conteúdo extremamente diversificado. A TV se bem utilizada pode até trazer benefícios para quem à assiste, mas se não for bem manejada pode transformar-se em uma arma letal. Dependendo do programa este veiculo de comunicação podem causar alienação, sedentarismo, problemas de sono e algumas cenas traumatizarem as crianças.sem contar no desejo de consumismo que as propagandas desperta nos adultos e principalmente na crianças.
ResponderExcluirAo decorrer dos anos a mídia tem influenciado muito na vida da criança.
ResponderExcluirA audiência infantil a programas inapropriados poderia acabar se os próprios pais abrissem mão de assistir a estes programas. Seria bom se os pais pudessem mostrar que, o que não é bom para os filhos, também não é bom para os pais. É de grande importância que os pais fiquem atentos se os conteúdos exibidos são apropriados ou não para seus filhos, porém o que ocorre é que eles próprios fazem mal suas escolhas, dando grande audiência para maus programas.
De acordo com o texto de Juliet Schor A criança precisa de atenção redobrada por causa da pressão da mídia. É preciso conhecimento para ter sucesso nesta observação.
ResponderExcluirA geração infantil está a todo instante sendo alvo de festivais de vendas. É preciso que a família selecione o que tem de mais saudáveis para seus filhos assistirem, para assim a criança não se tornar tão precoce escrava da mídia.
a midia tem investido pesado em programas e propagandas na tv e infuenciando as criancas a serem compradores impulsivos, alem de passarem uma " felicidade" falsa ao possuir o objeto de consumo,e a esduação que ela tem trasmitido a esses individuos é muito procupante a forma de carater que a tv tem formado na criança, porque a criança muita das vezes não tem seus pais por perto para desfazer a informação que absoveram e os pais permitem
ResponderExcluirGeisa Vitória
A Tv tem sido de suma importancia na educação.Tendo ela o poder de sedução e atração, motivos esses que levou a sua existencia em sala de aula, por promover a atenção dos alunos em daterminados assuntos abordados.Um ponto preocupante é a quantidade de informações que as crianças recebem e não tem maturidade suficiente para filtrá-las, processá-las, e usá-las em seu beneficio.
ResponderExcluirGrupo: Claudiane, Cristiane, Denise, Edinolia, Fabiana, Graziele, Kátia, Maria Edna, Vanuska.
Pedagogia- C. Grosso
No texto de Juliet, foi exposto um tema bastante impactante para a sociedade presente e futura: O uso “malicioso” da publicidade para incentivar, ou melhor dizendo, manipular o consumismo na mente dos telespectadores principalmente das crianças, através da propaganda. Produtos como brinquedos, materiais escolares, roupas, calçados, até mesmo produtos de uso adulto, são associados a algo essencialmente infantil, onde os fabricantes se utilizam da mente ainda indefesa das crianças para que induzam seus pais a adquirirem tais produtos, e assim desde cedo é cultivado em suas mentes o consumismo.
ResponderExcluirGrupo: Louize, Edméia, Eliene, Ivanete, Antonia, Josileide, Vera, Irene.
Pedaagogia
esses tempos eu tava estudando sobre consumismo e vi que muitas crianças são influenciada por uma propaganda e as emiçoras de tv botam as propaganas nos horarios mais adequados tipo como se fosse um horario pic que muitos telespectadores estão assistindo a tv e quando as crianças verem ou então os adutos elas enloquecem pra comprar
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